Os diretores eleitos Márcio de Souza (Administração) e Marcel Barros (Seguridade) falam ao jornal Valor Econômico desta terça-feira 14 sobre os investimentos da Previ para modernizar o sistema de informações, “com objetivo de reduzir custos e ter flexibilidade para lançar novos produtos”, entre eles o Previ Família, que será lançado ainda no primeiro trimestre deste ano.
“Fizemos um mapeamento da evolução da nossa tecnologia da informação por um processo de atualização que vai nos permitir não só ter redução de custos, mas também ter mais flexibilidade para poder lançar novos produtos, como vamos fazer agora com o Previ Família. Isso vai garantir que possamos oferecer um serviço de maior agilidade para nossos associados e otimizar nossos processos, a nossa estrutura”, disse o diretor de administração da Previ, Márcio de Souza.
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Previ reestrutura sistemas de informação
Valor Econômico Por Juliana Schincariol — Do Rio
A Previ, maior fundo de pensão do país, reestruturou seus sistemas de informação com objetivo de reduzir custos e ter flexibilidade para lançar novos produtos – ponto fundamental para continuar crescendo. A última vez que fundação dos funcionários do Banco do Brasil fez grandes mudanças na área foi em 1999. Responsável pelo pagamento de R$ 13 bilhões em benefícios em 2019, a Previ se prepara para lançar o plano família, voltado para parentes de associados, ainda no primeiro semestre deste ano.
“Fizemos um mapeamento da evolução da nossa tecnologia da informação por um processo de atualização que vai nos permitir não só ter redução de custos, mas também ter mais flexibilidade para poder lançar novos produtos, como vamos fazer agora com o Previ Família. Isso vai garantir que possamos oferecer um serviço de maior agilidade para nossos associados e otimizar nossos processos, a nossa estrutura”, disse o diretor de administração da Previ, Márcio de Souza.
O processo de atualização dos sistemas está em vigor desde meados de 2018 e até outubro de 2021 será realizada uma atualização das bases do fundo de pensão, tanto da gestão empresarial quanto da área de seguridade.
A Previ tem cerca de 200 mil associados, perspectivas de pagamento de benefícios até meados de 2090, um portfólio de investimentos de mais de R$ 200 bilhões, afirma Souza.
“A nossa ideia é, ao final de 2021, estarmos com a nossa plataforma tecnológica, com o investimento realizado, que no máximo em dez anos vai estar pago. E com a Previ preparada para os próximos 20 a 30 anos tecnologicamente”, diz. O fundo de pensão aportou RS 22 milhões nas melhorias promovidas. “Um dos benefícios que esperamos capturar é uma tecnologia que consuma menos recursos. Os custos com manutenção com sistemas antigos e atualização de sistemas antigos caem bastante”, afirma o diretor. O orçamento anual do fundo de pensão é de R$ 324 milhões.
Até 2020, a expectativa é concluir a gestão empresarial para na sequência promover as mudanças na área de seguridade. Para o Previ Família, essa integração da área de seguridade será feita antes. “Estamos trabalhando para iniciar os testes, temos uma equipe trabalhando nisso”, afirma o diretor de administração.
Assim como o plano de contribuição definida Previ Futuro, o plano família terá perfis de investimento entre estratégicas conservadora, moderada e arrojada. O perfil mais arriscado terá até 60% de aplicações em renda variável, diz o diretor de seguridade Marcel Barros. As discussões sobre a reforma da Previdência acabaram fomentando a formação de novos planos pelos fundos de pensão e também a criação de planos instituídos. “É necessário entender os conceitos de poupança de longo prazo”, completa o diretor de seguridade.
Atualmente com RS 18,1 bilhões em seu portfólio, o Previ Futuro, de contribuição definida, tem sete perfis de investimento, que inclui os chamados “ciclos de vida”, que reduzem a exposição aos ativos de risco gradualmente. “Quando o associado opta por perfis mais conservadores ele induz a nossa política a procurar papéis”, afirma Barros. Atualmente, 75,6% dos participantes mantém o perfil arrojado, que até 2017 era o perfil padrão para o plano. O conservador soma 10,6% do total.
A Previ também desenvolveu uma tábua atuarial própria para estimar a entrada de participantes em invalidez, em vez de utilizar os modelos disponíveis no mercado que costumam estar distante da realidade dos bancários. Hoje, o fundo de pensão tem 6.028 aposentados por invalidez. Foram consideradas a aproximação da expectativa de concessões de aposentadorias por invalidez à realidade observada nos últimos anos.
Segundo o fundo de pensão do BB, esse trabalho possibilitou a mensuração mais realista dos passivos atuariais dos planos de benefícios a curto, médio e longo prazo. Com as mudança, será possível economizar cerca de RS 3 milhões em recursos da reserva matemática, diz Barros.
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