Francisco Alexandre
Em 2024, o ouro rendeu 60%
Em 2023, Tesouro prefixado (renda fixa) rendeu 27%
Em 2019, o Bovespa foi campeão rendendo 31,5%
Parte do título acima é emprestado do filme dos anos 1990. Lá um jovem volta no tempo, encontra seus pais ainda jovens e logo descobre o risco que corre no futuro caso não se concretize o casamento entre sua mãe e seu pai: de sua própria existência.
Como na fábula, no mundo real muitos pensam parecido quando tentam avaliar os investimentos da Previ. Para estes, é como se houvesse uma máquina do tempo para tomar a decisão, certos de saberem o futuro. E, nessa toada, decidiriam colocar em 2019 os R$ 200 bilhões da Previ em ações (todas vencedoras); em 2023 somente em renda fixa, numa tacada só R$ 220 bilhões, e em 2024 seria a vez de comprar barras de ouro, R$ 240 bilhões.
Não é necessário pensar muito para concluir que não faz sentido, nem revela maturidade e conhecimento os que trazem ao debate um tipo de investimento campeão em um ano para dizer que tudo poderia ser diferente e pior. É não ter a dimensão de como é administrar uma carteira de investimentos do tamanho do Plano 1.
Um fundo de pensão como a Previ tem de tomar decisão com base em análise técnica e estratégia de longo prazo e são essas medidas e preocupações que têm possibilitado a Previ pagar por mais de 120 anos benefícios aos mais de 110 mil aposentados.
Francisco Alexandre é ex-diretor eleito de Administração da Previ e ex-superintendente do fundo de pensão BRF Previdência
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