“Nós, como funcionários e como cidadãos, temos o desafio enorme de defender o Banco do Brasil como um banco público, que tem uma função estratégica importantíssima na sociedade brasileira e no desenvolvimento do país. Temos que estar juntos com as nossas entidades dos funcionários, da ativa e aposentados, na defesa do BB público com papel social relevante.”
Essa é a posição dos diretores e conselheiros eleitos da Previ. Foi explicitada pelo diretor de Administração, Márcio de Souza, durante a Live dos dirigentes eleitos no canal Youtube/Associados Previ, no dia 22 de maio, em resposta às insistentes perguntas dos associados sobre a declaração do ministro da Fazenda de que pretende “vender logo a porra do BB”, feita naquela famigerada reunião ministerial.
Confira no vídeo abaixo a declaração de Márcio.
“Não podemos aceitar a redução do papel do banco. Num momento como esse que estamos vivendo, de pandemia, que agrava a crise econômica que já vinha de antes, deixar de utilizar um instrumento poderosíssimo como o Banco do Brasil, como a Caixa Econômica, como o BNDES, vai na contramão da sustentação da sociedade”, acrescentou Márcio de Souza. “A sociedade vai precisar dessas empresas para poder se reerguer.”
O diretor eleito de Administração lembrou na Live o papel fundamental desempenhado pelo Banco do Brasil e pelos outros bancos públicos na crise financeira mundial de 2008, quando as instituições privadas empossaram o crédito – como estão fazendo agora de novo na crise da pandemia.
Falando na mesma transmissão do canal Youtube/Associados Previ, o conselheiro deliberativo eleito Sérgio Riede reafirmou a posição dos eleitos: “Nossa primeira tarefa é reagir às tentativas de privatização, como o presidente do Banco do Brasil e o ministro da Fazenda repetidas vezes colocam a questão. E aquilo que se naturaliza, que se repete muitas vezes, pode passar como verdade inarredável, que vai acontecer. Então a nossa primeira missão é reagir”.
Privatização do BB é ameaça à Previ
Márcio de Souza e Sérgio Riede também avaliaram no diálogo remoto com os associados que uma eventual privatização do BB coloca em risco não apenas a governança como o próprio futuro da Previ. Basta a direção do banco retirar o patrocínio do fundo, por exemplo, ou negar a participação dos associados na gestão da entidade, como prega a PLP 268 em tramitação no Congresso.
Para os dirigentes eleitos, a narrativa da privatização do BB e do fim da governança compartilhada na Previ são as duas faces da mesma moeda. As duas joias da coroa almejadas pelo mercado financeiro.
“Qualquer proposta para enfraquecer a nossa governança, acabar com a eleição de diretores e tirar os associados do Plano 1 e do Previ Futuro que estão na Previ fazendo um trabalho técnico de qualidade, a gente tem que combater. Não podemos aceitar”, disse Márcio.
Por isso, complementou Sérgio Riede na Live, é importante “que tenhamos como representantes eleitos na Previ pessoas com histórico de defender o Banco do Brasil público e com histórico de defender os interesses dos associados em quaisquer circunstâncias. E mais: que tenham capacidade de mobilização, que possam se juntar com as entidades de funcionários e associações dos aposentados e do pessoal da ativa, com os sindicatos, com todo mundo que possa fazer pressão, primeiro para não privatizar o banco. E depois para evitar que se tomem medidas que nos prejudiquem”.
Veja abaixo o vídeo de Sérgio Riede e assista aqui na íntegra à Live dos eleitos da Previ do dia 22 de maio.
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