Entre os diversos temas debatidos pelos diretores e conselheiros eleitos da Previ na live de 16 de setembro, um que mereceu atenção dos associados foi a diferença entre o Plano 1 e o Previ Futuro e as estratégias distintas de investimentos para cada um deles.
Criado em abril de 1967 para os funcionários que entraram no Banco do Brasil até dezembro de 1997, o Plano 1 segue o regime de benefício definido e tem mais de 114 mil associados, dos quais pouco mais de 4 mil ainda na ativa e cerca de 25 mil pensionistas. Tinha R$ 215 bilhões de ativos em dezembro do ano passado.
Já o Previ Futuro funciona em regime de contribuição variável e foi aberto para os funcionários admitidos no BB a partir de dezembro de 1997. Tem hoje quase 85 mil participantes, 97% ainda na ativa, e investimentos de R$ 23 bilhões.
“O Plano 1 viveu um período de muitos anos de crescimento, com uma história de muito sucesso. As pessoas que nos antecederam na gestão da Previ tiveram a capacidade de identificar as oportunidades que o ambiente macroeconômico no Brasil oferecia e tivemos ótimos investimentos. Houve uma exposição considerável em renda variável, com participação em empresas muito sólidas, e conseguimos concluir ao longo do tempo uma carteira de investimentos que nos deu muita rentabilidade”, relatou na live o diretor eleito de Administração, Márcio de Souza. “Fruto disso, conseguimos, em especial entre 2006 e 2013, fazer uma série de distribuição de superávits. Só em valores nominais, sem trazer a valor presente, distribuímos mais de R$ 25 bilhões para os nossos associados.”
A busca da segurança e do equilíbrio no Plano 1
Hoje o Plano 1 está na fase que se chama tecnicamente de maturidade. “Então é um plano que precisa fazer o caminho da segurança e do equilíbrio. Como gestores precisamos buscar as oportunidades que o mercado oferece para que os investimentos não sofram tanta volatilidade”, explicou Márcio, mesmo no cenário atual de agravamento da crise econômica, que segundo ele certamente vai impactar os investimentos e reduzir a rentabilidade nos próximos meses.
“Temos de buscar as melhores oportunidades para evitar que nossos ativos se depreciem e garantirmos que as futuras gerações possam ter a proteção da Previ. Nosso principal compromisso é o pagamento de benefícios para os associados”, ressaltou na live o diretor eleito de Administração. “Estamos fazendo esse movimento de sair de renda variável nas oportunidades que temos das empresas que estão rentabilizando, e irmos pra renda fixa, comprarmos títulos que vão vencer até 2055, levando assim proteção para as futuras gerações.”
Melhores rentabilidades no Previ Futuro para maximizar benefícios
O Previ Futuro, que é um plano jovem, também teve recuperação dos ativos, com superação da meta atuarial no longo prazo, atingindo a marca de R$ 23 bilhões em ativos.
“Este ano estamos com um quadro um pouco abaixo da meta atuarial, em especial pela renda fixa com os títulos que estão marcados a mercado”, explicou Márcio. “Há duas formas de contabilizar os títulos públicos: ou pelo seu valor de mercado ou pela taxa que contratou até o vencimento. Tem uma parte desses títulos que a gente contabiliza a mercado para poder fazer uso dele se precisar de liquidez para investir em outro segmento de aplicação.”
“Então isso impacta, porque os títulos que estão marcados a mercado, com essa crise atual no Brasil, estão perdendo o valor atual. Mas se a gente leva até o vencimento, vai pagar a taxa que contratamos e o associado não terá prejuízo nenhum no longo prazo. Mas isso traz volatilidade para o plano e a gente está trabalhando para superar, aumentando na nossa carteira os títulos mantidos até o vencimento com a taxa média de 4,89%, acima da meta atuarial de 4,62%”, acrescentou o diretor eleito de Administração da Previ.
Confira abaixo o vídeo com as explicações de Márcio de Souza.
E clique aqui para acessar a íntegra da live de 16 de setembro, que também teve a participação dos diretores eleitos Paula Goto (Planejamento) e Wagner Nascimento (Seguridade) e dos conselheiros deliberativos Sérgio Riede e Luciana Bagno.
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