No mais recente podcast Associados Previ, o ex-diretor de Seguridade da Previ, José Ricardo Sasseron, mostra como os VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) vendidos pelos bancos na verdade não são planos de previdência complementar, mas apenas fundos de investimentos que se beneficiam de uma distorção da legislação para fugir da tributação.
“Mais uma vez o poderoso lobby dos bancos no Congresso Nacional conseguiu pegar carona na solução para o tratamento tributário dos fundos de pensão e incluir um dispositivo indefensável que lhes favorece”, afirma Sasseron.
“Quem é convencido por um gerente bancário a aplicar em VGBL raramente planeja usar esta poupança para a aposentadoria. Pretende sacar a qualquer momento e por qualquer motivo, conforme comprova a quantidade de resgates feitas a cada ano. Em 2020 foram R$ 126 bilhões em contribuições e R$ 82 bilhões em resgates. Os VGBL pagaram, no mesmo ano, somente R$ 210 milhões em benefícios de aposentadoria, para 6 mil pessoas. Mais uma comprovação de que VGBL não é previdência. Nem mesmo seguro. É uma simples e rasa aplicação financeira que cobra taxa de administração extorsiva (1,3% ao ano, em média, podendo chegar a 3%)”, critica o ex-diretor da Previ e ex-presidente da Anapar (Associação Nacional de Participantes de Fundos de Pensão).
O podcast está em todas as plataformas do Associados Previ. Ouça aqui a versão no Spotify.
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