Associados Previ Associados Previ
Home Notícias Quadro econômico difícil afasta população do sistema previdenciário

Quadro econômico difícil afasta população do sistema previdenciário

Notícias
28 de maio de 201928 de agosto de 2020
Anapar-Bráulio

O segundo dia de debates do 20º Congresso da Anapar começou, na manhã desta sexta-feira 24 de maio, com um diagnóstico preocupante sobre o sistema previdenciário brasileiro. Classificado como desnutrido e adoecido, o setor reflete a dificuldade econômica que a população brasileira vem enfrentando. Mais de 60 milhões de brasileiros não estão aposentados, não contribuem para o INSS nem juntam dinheiro para a aposentadoria.

O presidente da Anapar, Antonio Braulio de Carvalho, apresentou os dados da Pesquisa Anapar Finanças Pessoais e Previdência Brasil 2018 e correlacionou as informações sobre o comportamento dos brasileiros com seus reflexos sobre o setor de previdência. Braulio apontou o alto grau de informalidade com um fator determinante para a “subnutrição” previdenciária. “O sistema está se alimentando de uma fatia cada vez menor da população. 52% dos trabalhadores estão na informalidade”, afirmou o presidente da Anapar.

A equação do desalento previdenciário

Braulio também mostrou que 75% dos brasileiros estão endividados, 63% afirmam ter renda mensal insuficiente e demonstram falta de perspectiva quanto à aposentadoria.

Por outro lado, as empresas e cidadãos demonstram desinteresse pelos produtos previdenciários. As empresas precarizam vínculos trabalhistas, e por conseguinte as contribuições ao INSS ou a planos de previdência complementar. Por sua vez, 41% da população ou 61,5 milhões de brasileiros não estão aposentados, não contribuem para o INSS, nem juntam dinheiro para aposentadoria. Eles são os chamados “nem nem previdenciários”

Com renda insuficiente, falta de perspectiva, alto grau de informalidade e elevado endividamento, forma-se um quadro de inevitável desalento previdenciário. As pessoas não juntam para aposentadoria nem pretendem.

Gestores e governo também com sintomas

O presidente da Anapar comentou que o sistema está engessado, imobilizado, e seguindo uma tendência que prejudica os participantes. “Com os dirigentes sem a menor disposição de correr risco, presos a investimentos de renda fixa, quem sai prejudicado são os trabalhadores que terão sua aposentadoria comprometida”, afirmou Braulio.

Os gestores dos fundos de pensão também padecem de uma espécie de síndrome da perseguição, como demonstrou o presidente da Anapar. “Os dirigentes das fundações se sentem amedrontados pelo poder de polícia do Estado, pela criminalização dos investimentos”, destacou. Com isso, todo risco – característica inerente aos investimentos – passa a ser mal visto e suscita questionamentos. O Estado, por sua vez, embora adote o discurso da governança e das boas práticas, com uma postura policialesca, induz os fundos de pensão à acomodação de recursos em investimentos de baixo risco e baixa rentabilidade, o que só contribui para um quadro generalizado de deficit.

Fonte: Anapar

Anapar
Prev Post

Alerta sobre risco de repetir tragédia do Chile abre 20º Congresso da Anapar

Next Post

Como o neoliberalismo entranhado na máquina do Estado ameaça fundos de pensão

Leave a Reply Cancel Reply

You must be logged in to post a comment.


Últimas Notícias

  • Começa votação do Relatório Anual da Cassi; eleitos e entidades orientam pela aprovação
  • Resultados de março dos planos administrados pela Previ confirmam solidez e boa governança
  • Em ‘Encontro Previ Integração’, presidente da Anapar defende protagonismo dos associados na governança dos fundos
  • Previ lança o Pré-Aposentadoria, novo perfil do Previ Futuro indicado para quem está perto da saída
  • Diretoria da Previ faz nesta quarta 30, em Salvador, apresentação do resultado dos planos

Escolha seu assunto

Nossos dirigentes eleitos

Diretoria
Associados Previ Associados Previ
  • Página Inicial
  • Quem somos
  • Contato
Política de privacidade / Associados Previ © 2020 / Todos os direitos reservados