“Existe rombo nos fundos de pensão? Como os demais países lidam com os déficits?” A Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar e de Autogestão em Saúde) parte dessas indagações para demonstrar em um vídeo que acaba de divulgar a diferença de tratamento dispensado aos fundos de pensão nos países desenvolvidos e no Brasil em momentos de crise, que trazem déficits ocasionais nos investimentos de longo prazo.
“Após a crise de 2013 e 2014, os fundos de pensão em todo o mundo enfrentaram momentos dramáticos. Em 2015 e 2016 o déficit americano e europeu girou em torno de U$ 240 bilhões, valor do patrimônio dos fundos brasileiros. No Japão, o déficit chegou a U$ 200 bilhões”, afirma a Anapar no vídeo, produzido em parceria com o Reconta Aí, um movimento lançado principalmente por bancários para defender as empresas públicas.
“Os fundos de pensão no Brasil também sofreram as consequências. O déficit foi de R$ 80 bilhões em 2015 e R$ 60 bilhões em 2016. Mas como os participantes, gestores, reguladores e legisladores reagiram a essa realidade?”, indaga a entidade de defesa dos associados de fundos de pensão.
E responde: “Em todo o mundo, déficits foram tratados como algo que ocorre em investimentos de longo prazo. Foram feitos ajustes na política de investimentos para aguardar a economia melhorar. No Brasil, o déficit foi tratado como rombo e os gestores dos fundos foram criminalizados”.
O objetivo, conclui a Anapar no vídeo, “era tirar os trabalhadores da gestão do patrimônio de cerca de R$ 1 trilhão e transferir para o mercado financeiro. Esses eventos trouxeram uma lição. Os participantes precisam ficar eternamente vigilantes. Há muitos interesses em abocanhar a poupança previdenciária dos trabalhadores, a exemplo do que fizeram em países como o Chile”.
Isso seria uma mina de ouro para os bancos e traria grandes prejuízos aos associados dos fundos de pensão. Como os dirigentes eleitos já demonstraram inúmeras vezes, a rentabilidade dos investimentos da Previ no longo prazo é uma das maiores do sistema de previdência complementar e o dobro dos fundos do mercado. Confira aqui. Além disso, a Previ tem taxa de administração de 0,13%, menos de um décimo da média de 1,4% cobrada pelos planos abertos do mercado. Isso significa que os bancos ficam com boa parte da poupança do associado, comprometendo o valor de seus benefícios. Leia aqui.
Veja o vídeo da Anapar.
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